terça-feira, 30 de junho de 2009

Jackson 1

Michael Jackson morreu e não deixarão o homem em paz por um tempo, seja através de comentários sobre sua conturbada vida pessoal ou sua privilegiada carreira artística. O nome Michael Jackson será ouvido muito durante essas semanas, e não à toa.
Jackson foi um artista sui generes, brilhante. Pioneiro e visionário ao associar música e imagem, ele inovou não só no conceito de videoclipe, mas também no conceito de show e marketing. Assim, Michael acabou formatando a concepção do artista pop como um todo. É impossível, depois dos anos 80, imaginar alguém que não tenha sentido o mínimo de sua influência.
Imagino que, como artista cuja imagem rende milhões e é reconhecida no mundo todo, Michael poderia ter ido além e finalmente ter feito com que pairasse, dentro do meio artístico, a responsabilidade política por seus atos. O único “gesto” político tomado por ele foi um superficial “USA for Africa”, que, ao invés de propor uma mudança social, mais valorizou o assistencialismo.
Tirando esse porém, Jackson foi um artista completo e lendário. Um ícone, que não merecia ter sofrido tanto em sua vida pessoal.