segunda-feira, 8 de março de 2010

Arruda preso


A cada notícia sobre o governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda, fica latente o desejo popular de retaliação ao político, atualmente sem partido. Responsável pelo mais novo mensalão e pelas cenas enojantes de políticos contado notas, o governador afastado, agora, parece não se encontrar bem de saúde.

Importante é notar o interesse de tal notícia. O público, sabedor que há de haver uma punição leve, anseia por Arruda ir de mal a pior. Nesse ínterim, o estado de saúde do governador serve como uma espécie de punição divina: há uma vontade de vê-lo chafurdando numa prisão pequena e sofrendo. Daí, advém a necessidade de se noticiar o inchaço dos pés de Arruda, que estariam "caminhando para uma trombose".

Obviamente, a mídia não divulga o estado de saúde muito pior da maioria dos detentos de nosso sistema carcerário. O governador afastado, preso e doente, é um caso raro e curioso, o qual o próprio público parece não acreditar e tem de observar diariamente para crer. Já sobre o nosso sistema carcerário, o público admite saber das suas reais situações, mas não deseja ver: a realidade, quando não é curiosa, é indiferente.