domingo, 24 de janeiro de 2010

O ano de Obama

Barack Obama, mesmo depois de um ano no qual obteve mais acertos do que erros, vê seus índices de popularidade caírem além do esperado; o pior: as urnas não lhe anunciam nada de favorável para as eleições legislativas de 2010, já que o partido Republicano tem se mostrado o favorito do eleitorado.

Uma queda de popularidade após o primeiro ano de mandato é sempre esperada, mas com Obama o negócio se deu de forma acentuada. Barack, após um ano tentando implantar um sistema de saúde eficaz e universal nos EUA e reerguer a sua economia, toma outra atitude correta: o presidente pretende regulamentar melhor os bancos, para que outras bolhas econômicas não ocorram e a crise não volte.

Apesar de fazer o certo, o eleitor médio não mantém em grande valia o esforço de Obama. Parte da explicação reside na campanha presidencial de 2008, na qual foi vendida a imagem de Barack como o Messias dos EUA. Milagres? Sim, nós podemos. Além disso, acrescente-se o fato de que, em verdade vos digo, o eleitor médio não tem ideia sobre a função de um presidente. Imagina o eleitor a função de presidente como a de alguém que pode melhorar ou piorar o seu país, ao seu bel prazer. Confrontada a realidade, pensa o eleitor médio ser falta de vontade do presidente a permanência das mazelas.

Depois de enfrentar um 2009 cuja política foi voltada para atenuar a crise econômica, 2010 será outro ano difícil para o presidente dos EUA: além de tentar sustentar a melhoria econômica, Barack irá enfrentar um legislativo oposto ao seu governo. O primeiro presidente americano negro merecia melhor sorte.